sábado, 6 de fevereiro de 2010

Novo endereço!!!

Boa noite amigos!!!

Para que possamos dar continuidade aos nossos textos de evangelização, gostaria de comunicar à todos que nosso blog está de endereço novo, conto com a colaboração de todos para que possamos nos encontrar sempre, espero ficar mais presente daqui para frente.
Abraços fraternos

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Escamas




"E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista." - (ATOS, 9:18.)


A visita de Ananias a Paulo de Tarso, na aflitiva situação de Damasco, sugere elevadas considerações.

Que temos sido nas sombras do pretérito senão criaturas recobertas de escamas pesadas sob todos os pontos de vista? Não somente os olhos se cobriram de semelhantes excrescências.

Todas as possibilidades confiadas a nós outros hão sido eclipsadas pela nossa incúria, através dos séculos.

Mãos, pés, língua, ouvidos, todos os poderes da criatura, desde milênios permanecem sob o venenoso revestimento da preguiça, do egoísmo, do orgulho, da idolatria e da insensatez.

O socorro concedido a Paulo de Tarso oferece, porém, ensinamento profundo.

Antes de recebê-lo, o ex-perseguidor rende-se incondicionalmente ao Cristo; penetra a cidade, em obediência à recomendação divina, derrotado e sozinho, revelando extrema renúncia, onde fora aplaudido triunfador.

Acolhido em hospedaria singela, abandonado de todos os companheiros, confiou em Jesus e recebeu-lhe a sublime cooperação.

É importante notar, contudo, que o Senhor, utilizando a instrumentalidade de Ananias, não lhe cura senão os olhos, restituindo-lhe o dom de ver.

Paulo sente que lhe caem escamas dos órgãos visuais e, desde então, oferecendo-se ao trabalho do Cristo, entra no caminho do sacrifício, a fim de extrair, por si mesmo, as demais escamas que lhe obscureciam as outras zonas do ser.

Quanto lutou e sofreu Paulo, a fim de purificar os pés, as mãos, a mente e o coração? Trata-se de pergunta digna de ser meditada em todos os tempos.

Não te esqueças, pois, de que na luta diária poderás encontrar os Ananias da fraternidade, em nome do Mestre; aproximar-se-ão, compassivos, de tuas necessidades, mas não olvides que o Senhor apenas permite que te devolvam os olhos, a fim de que, vendo claramente, retifiques a vida por ti mesmo.

do Livro: Vinha de Luz - pelo Espírito Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier.

sábado, 29 de novembro de 2008

Higiene do Coração






"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus."
(Mateus, V, 8.)



Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.



E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente. com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.



É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.



"A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos."



Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus. Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?



É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração. Nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo! Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o 'inicio dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.



A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.



O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração. Fazer culto exterior sem o interior, é o mesmo que; caiar sepulcros que guardam podridões!



Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar. compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!



É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!



(Parábolas e Ensinos de Jesus – Caírbar Schutel)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Perdoar sempre...



Perdoa as Nossas Dívidas, Assim Como Perdoamos aos Nossos Devedores


Quando pronunciamos as palavras “perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, não apenas estamos à espera do benefício para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.

Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas alheias. Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer qualquer mágoa que alguém nos tenha causado.

Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o descanso para os nossos, pensamentos?

Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a residência do vizinho?

A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranqüilidade para nós, não nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais. Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos também de ajudar aos outros com a nossa tolerância. Auxiliemos sempre. Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a espalhar a compreensão e o amor, em benefício dos que nos cercam.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19a edição. FEB, 1999.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Prece pelos que estão em aflição


Queridos amigos!


Essas preces que estarei disponibilizando nessa categoria,
foram retiradas do Evangelho Segundo o Espiritismo


Orar: uma caridade que está ao alcance de todos nós.



Prece pelos que estão em aflição

Meu Deus de infinita bondade, dignai-vos abrandar a amargura da situação de "fulano", se assim form de Vossa vontade! Bons Espíritos, em nome de Deus Todo Poderoso eu vos peço assistência para as suas aflições. Se, no seu próprio benefício, elas não podem ser diminuídas, fazei-lhe compreender que elas são necessárias ao seu adiantamento. Dai-lhe a confiança em Deus e no futuro, que as tornará menos amargas. Dai-lhe também a força de não sucumbir ao desespero, o que lhe faria perder os benefícios e tornaria a sua situação futura ainda mais penosa. Revertei o meu pensamento para ele, e que assim eu possa ajudá-lo a sustentar a coragem necessária.


Fiquem na paz!!
Luciana

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Simples Biografia de Chico Xavier



No dia 02 de abril de 1910, nasceu em Pedro Leopoldo (MG), Francisco Cândido Xavier, filho de um casal simples, seu pai um operário e sua mãe uma lavadeira. Ficou órfão de mãe com 05 anos.

Passando por dificuldades seu pai entregou alguns de seus nove filhos aos cuidados de amigos e parentes, Chico Xavier ficou aos cuidados de sua madrinha, uma mulher que o maltratava.

Ainda menino aprendeu a se manter calmo e calado em momentos de sofrimento, pois sofria agressões de sua madrinha, nestes momentos se dirigia ao quintal da casa a fim de reencontrar sua mãe, ele sempre a via e a escutava após fazer orações.

Algum tempo depois seu pai se casou novamente com uma mulher boa e caridosa. Ainda em dificuldade sua madrasta iniciou uma horta em casa e logo para o sustento da família começaram a vender legumes, com o dinheiro Chico Xavier voltou a freqüentar a escola em 1919.

Quando saiam todas as pessoas de casa, uma de suas vizinha começou a roubar os legumes da horta, e isso estava causando problemas para família de Chico, sua madrasta sugeriu então que Chico consultasse sua mãe que deu o seguinte conselho, disse que não deveriam brigar com os vizinhos e que toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não roubou mais os legumes.

Passado os problemas, Chico não via mais sua mãe com tanta freqüência, mas começou a ter sonhos e se levantava durante a noite para falar com pessoas invisíveis, e pela manhã contava histórias de pessoas que já haviam morrido. Sem que conseguisse compreender, seu pai o levou até um vigário, que disse que um demônio estava perturbando o menino.

Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que ficasse em silêncio.

E durante 07 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Seguia a religião católica participando dos ritos. Em 1923 concluiu o ensino primário, e começou a trabalhar numa fábrica. Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho.

Os sonhos continuavam e logo depois de dormir entrava em transe profundo. Em 1927 sua irmã ficou doente, e um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizou a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos”.

Sua professora D. Rosália descobriu sua mediunidade psicográfica, vendo os textos que Chico escrevia após passeios feitos nos campos, ela notava que Chico sempre tirava as melhores notas, e escrevia uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos. Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza.

Distante da cidade, Chico entra cada vez mais em contato com a natureza. Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo.

Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. E no final de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem freqüentado.

As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras. A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier.

No dia 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931. Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além - Túmulo", que foi lançado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia seu apogeu.

Tornou-se conhecido no Brasil e no mundo inteiro. O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos. Além disso, recebera romances, livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.

Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu ele, então, início à famosa peregrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas.

A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.

Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram. Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades.

Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico era um homem aposentado e recebia somente os proventos de sua aposentadoria. Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é a cada dia que passa um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço.

Mesmo com a saúde debilitada, Chico Xavier continuou, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, continuou a comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece.

No dia 30 de junho de 2002, em Uberaba, Minas Gerais, Chico Xavier faleceu, enquanto os brasileiros comemoravam a conquista de um campeonato mundial de futebol.


fonte: http://www.chicoxavier.hpgvip.ig.com.br

EMMANUEL E DUAS ORIENTAÇÕES PARA O RESTO DA VIDA :




Emmanuel, nos primórdios da mediunidade de Chico Xavier, deu-lhe duas orientações básicas para o trabalho que deveria desempenhar. Fora de qualquer uma delas, tudo seria malogrado.


Eis a primeira.

- "Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus?"

- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem... -respondeu o médium.

- Não será você desamparado - disse-lhe Emmanuel - mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.

- E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? - tornou o Chico.

- Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço...Porque o protetor se calasse o rapaz perguntou:

- Qual é o primeiro? A resposta veio firme:

- Disciplina.

- E o segundo?

- Disciplina.

- E o terceiro?

- Disciplina.

" A segunda mais importante orientação de Emmanuel para o médium é assim relembrada:

- "Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e, disse mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo.

Ante o mais além


Anseias pela manifestação dos entes amados que te antecederam na grande viagem da desencarnação.

Pondera, entretanto, relativamente à presença deles no plano físico, onde te encontras ainda, e remonta os cuidados que te recebiam nos instantes de luta e sofrimento: medicação para a enfermindade e entendimento nas horas de crise.

Aqueles que se afiguram mortos estão vivos. E todos os teus pensamentos, com respeito a eles, alcançam-lhes o espírito com endereço exato.

Imagina uma pessoa em desequilíbrio emocional que gritasse em lágrimas ao telefone, rogando consolo e coragem ao ente amado na outra ponta do fio, hospitalizado para tratamento de reajuste, a exigir bastas vezes socorro mais intensivo.

Decerto que os responsáveis pelo doente, de um lado, e pelo outro, o enfemo, à distância, tudo fariam para adiar o encontro solicitado, considerando que aflição mais aflição somariam apenas desespero maior.

Diante dos seres queridos domiciliados no Mais Além, reflete, acima de tudo, na infinita bondade de Deus, que nos empresta as afeições uns dos outros por tempo determinado, a fim de aprendermos, através de comunhões e separações temporárias, a entesourar o amor indestrutível que nos reunirá, um dia, na felicidade sem adeus.

E enquanto perdure a distância, do ponto de vista físico, cultiva a saudade nas leiras do serviço ao próximo, qual se estivesse amparando e auxiliando a eles mesmos, tanto quanto efetuando em lugar deles tudo quanto desejariam fazer. Assim construirás, gradativamente, a ponte de intercâmbio pela qual virão ter espontaneamente contigo, de modo a compreenderes que berço e túmulo, existência e morte, são caminhos da evolução para a vida imortal.


médium: Francisco Cândido Xavier

espírito: Emmanuel

livro: Diálogo dos Vivos

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Livro dos Espíritos

Bem queridos amigos,
Através dessa nova categoria, pretendo citar alguns trechos do O Livro dos Espíritos. Livro esse que deu início a codificação realizada por Allan Kardec e de suma importância para todos os que desejem conhecer um pouco mais a respeito dessa doutrina tão consoladora.
Não tenho intensão, pois nem tenho conhecimento para isso, de discutir à respeito do livro, apenas postarei trechos do livro traduzido por J. Herculano Pires.

Introdução à "O Livro dos Espíritos"

Com este livro, a 18 de abril de 1857, raiou para o mundo a era espírita. Este não é um livro comum, que se pode ler de um dia para o outro e depois esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e meditá-lo, lendo-o e relendo-o constantemente.
Ele é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. Antes deste livro não havia Espiritismo, e nem mesmo esta palavra existia.
Há uma seqüência histórica que não podemos esquecer, ao tomar este livro nas mãos. Quando o mundo se preparava para sair do caos das civilizações primitivas, apareceu Moisés, como o condutor de um povo destinado a traçar as linhas de um novo mundo: e de suas mãos surgiu a Bíblia. Não foi Moisés quem a escreveu, mas foi ele o motivo central dessa primeira codificação do novo ciclo de revelações: o cristão. Mais tarde, quando a influência bíblica já havia modelado um povo, e quando este povo já se dispersava por todo o mundo gentio, espalhando a nova lei, apareceu Jesus; e das suas palavras, recolhidas pelos discípulos, surgiu o Evangelho.
A Bíblia é a codificação da primeira revelação cristã, o código hebraico em que se fundiram os princípios sagrados e as grandes lendas religiosas dos povos antigos. O Evangelho é a codificação da segunda revelação cristã, que lança a sua luz sobre o passado e o futuro, estabelecendo entre ambos a conexão necessária. Mas assim como, na Bíblia, já se anunciava o Evangelho, também neste aparecia a predição de um novo código, o do Espírito da Verdade, como se vê em João, XIV. E o novo código surgiu pelas mãos de Allan Kardec, no momento exato em que o mundo se preparava para entrar numa fase superior do seu desenvolvimento.
Cada fase da evolução humana se encerra com uma síntese conceptual de todas as suas realizações. A Bíblia é a síntese da antigüidade, como o Evangelho é a síntese do mundo greco-romano-judaico, e “O Livro dos Espíritos” a do mundo moderno. Na síntese evangélica temos de considerar, sobretudo, a presença do Messias, como uma intervenção direta do Alto para a reorientação do pensamento terreno. É graças a essa intervenção que os princípios evangélicos passam diretamente, sem necessidade de readaptações ou modificações, em sua pureza primitiva, para as páginas deste livro, como as vigas mestras da edificação da nova era.

O ESPELHO DA VIDA

A mente é o espelho da vida em toda parte.

Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da luz.

Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.

Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos ímpelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.

Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrísolar e sublimar.

Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.

Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão.

O reflexo esboça a emotividade.

A emotividade plasma a idéia.

A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.

Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas libertadoras da existência.

Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.

Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante.

Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso. O reflexo mental mora no alicerce da vida.

Refletem-se as criaturas, reciprocamen te, na Criação que reflete os objetivos do Criador.

Pensamento e vida

Perguntou-nos coração amigo se não possuíamos algum livro no Plano Espiritual, suscetível de ser adaptado às necessidades da Terra.
Algumas páginas que falassem, ao espírito, dos problemas do espírito...
Algo leve e rápido que condensasse os princípios superiores que nos orientam a rota ...
E lembramo-nos, por isso, de singela cartilha falada de que dispomos em nossas tarefas, junto aos companheiros em trânsito para o berço, utilizada em nossas escolas de regeneração, entre a morte e o renascimento.
Anotações humildes que repontam do cérebro como flores que rebentam do solo, sem pertencerem, no fundo, ao jardim que as recolhe, por nascerem da Bondade de Deus que conjuga o Sol e a gleba, a fonte e o ar, o adubo e o vento, para nelas instilar a cor e a forma, a beleza e o perfume...
Eis aqui, portanto, adaptada quanto possível ao campo do esforço humano, a nossa cartilha simples.
“Pensamento e Vida”, chamamos-lhe no Mundo Espiritual e, sob a mesma designação, oferecemo-la aos nossos irmãos de luta, temporariamente internados na esfera física, para informá-los, ainda uma vez, de que o nosso pensamento cria a vida que procuramos, através do reflexo de nós mesmos, até que nos identifiquemos, um dia, no curso dos milênios, com a Sabedoria Infinita e com o Infinito Amor, que constituem o Pensamento e a Vida de Nosso Pai.

EMMANUEL Pedro Leopoldo, 11 de fevereiro de 1958.


Nesta categoria estarei postando as mensagens desse maravilhoso livro utilizado nas colônias espirituais e que sem dúvida, devemos ler e reler essas maravilhosas mensagens.